Luciano Horn é Top-20 no Mundial de Parapente em Castelo-ES e AGVL projeta sequência da temporada

Piloto de Sapiranga (RS) encerrou sua participação com a Seleção Brasileira da modalidade no último fim de semana. Equipe AGVL agora volta atenções para um treinamento no Rio de Janeiro e a presença na Copa Rio em Porciúncula (RJ)

O piloto Luciano Horn, da Associação Gaúcha de Voo Livre (AGVL), de Sapiranga (RS), encerrou no último fim de semana sua participação no Campeonato Mundial de Parapente 2025, disputado em Castelo, no Espírito Santo, entre os dias 30 de agosto e 13 de setembro. Integrante da Seleção Brasileira, Horn conquistou a 20ª colocação na classificação geral, figurando entre os melhores pilotos do planeta.

Divulgação/AGVL

Ao longo de duas semanas de provas desafiadoras, com 130 atletas de 53 países, o sapiranguense demonstrou consistência e regularidade, enfrentando as condições técnicas do evento e confirmando sua posição de referência no esporte nacional. “Mais uma vez a missão de integrar a Seleção Brasileira de parapente e representar o Brasil num Campeonato Mundial foi cumprida. Estou muito feliz com o resultado. Sempre é difícil dizer que um 20º lugar é bom, mas, no voo livre, é necessário entender um pouco mais. Eram 130 vagas, o Brasil teve direito a quatro (três homens e uma mulher), o que já mostra a luta para entrar, pois no País há muitos pilotos em condição de integrar a Seleção”, destacou Horn. Além de Luciano Horn, a Seleção Brasileira contou com os atletas Washington Peruchi (SP), Érico Oliveira (RJ) e Marcella Uchôa (MG).

Na competição ocorreram oito das dez provas possíveis, totalizando aproximadamente 550 quilômetros voados em linha reta. “É uma competição longa, as condições climáticas variam. É necessário ter foco e aguentar dia após dia. As primeiras provas se encaixaram melhor ao meu estilo de voo, e consegui figurar entre os dez primeiros durante três dias. Depois, perdi algumas posições até chegar à segunda semana, quando o vento aumentou na região e algumas provas bem complexas se apresentaram. Fiz duas provas com resultados ruins, mas no último dia, uma boa recuperação e um 11º lugar me trouxeram novamente para cima, finalizando na 20ª posição. Por Nações, tínhamos como objetivo colocar o Brasil pela primeira vez no pódio. Estávamos perto, figurando na 5ª colocação, mas com a dificuldade dos últimos dias caímos para 11º”, detalhou Horn. A França foi a grande campeã no masculino, feminino e por Nações.

A participação de Luciano Horn foi incentivada pelo projeto Equipe AGVL de Parapente VI, financiado pelo Governo do Estado do Rio Grande do Sul e pela Secretaria do Esporte e Lazer, por meio do Pró-Esporte RS LIE, com patrocínio da Família Geisse – Vinhedos de Terroir. “Agradeço aos patrocinadores, ao Pró-Esporte RS e também à CBVL (Confederação Brasileira de Voo Livre) e à Liquidz, que apoiaram o Time Brasil neste Mundial”, finalizou Horn.

Próximos desafios do projeto

Com o encerramento do Mundial, a AGVL já direciona suas atenções para a sequência da temporada. Nesta semana, parte do time de pilotos que integra o projeto Equipe AGVL de Parapente VI embarca rumo ao Rio de Janeiro para um treinamento já que no Rio Grande do Sul as condições de voo ainda não são as melhores. Nesse período pelos céus cariocas, os atletas participarão entre os dias 18 e 21 de setembro, da terceira etapa e Super Final da Copa Rio de Parapente 2025, em Porciúncula (RJ), como parte da preparação.

A equipe gaúcha será composta pelos atletas: Jarbas de Mello, Jonas Sturza, João Petry, Tiago Menezes, Jader Fischer, Ângelo Santos e Flávio Pinheiro.